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Visita ao Povoado de Jacunã

Conhecendo o Artesanato Local

          Sexta-feira dia 13 de novembro de 2015 o IDESA se fez presente no Colégio Municipal José Antônio dos Santos no povoado de Jacunã na cidade de Jaguarari-BA, a convite da Professora Dionéia Moura, representado por parte da diretoria administrativa, o IDESA pode ouvir da forma mais pura possível o clamor de um povo por sua cultura, pois é neste local que as mulheres e crianças tem o dom de transformar palha em lindos artefatos, mas a agressão do homem e sua ganância para aumentar seus pastos estão acabando com a matéria-prima desses bravos trabalhadores.

          O Ariri* planta nativa da região é a matéria prima para a produção de artesanatos fantásticos eles se utilizam da palha do ariri para a produção de chapéus, bolças, vestimentas, esteiras, vassouras e muitos outros objetos que encantam só de ver. Apesar de morar no Povoado de Jacunã, uma região que em outrora era rica em pés de ariri, os moradores têm que se deslocar para outras cidades se quiserem continuar com a confecção dos artesanatos, isto porque, as matas que possuíam a planta foram dando espaço a pastos para a plantação de capim, o que tornou a planta muito rara na localidade, apenas na roça do senhor Manoel é possível encontrá-la atualmente.

         Os alunos da escola José Antônio dos Santos junto com sua Direção e Professores, recebeu o IDESA da forma mais agradável possível e ao visitar cada estande e ao olhar nos olhos de cada criança que contava com orgulho a história de sua terra, e com isso contava um pouco de sua própria história e de como é o seu dia-a-dia, é que se pode entender a necessidade deste artesanato para os jovens, Jacunã é uma localidade que requer um olhar social diferenciado, pois muitas vezes é visto apenas como um lugar sem futuro onde jovens se entregam muito cedo as bebidas. Contudo vale ressaltar que esses jovens tem orgulho de seu lugar e querem acima de tudo ser feliz com seus familiares, trabalhando dignamente e com o respeito que todos os seres humanos merecem.

          Podia se ver a felicidade e entusiasmos de cada aluno ao demonstrar como era o processo de confecção de chapéu passo a passo, da retirada da palha, o tratamento de cada folha, até o momento do acabamento final e o processo de comercialização do produto. Participar de um evento deste porte nos remete a criar condições para que esses jovem possam continuar trabalhando no que realmente gostam, seguindo a cultura que seus pais e avós os ensinaram. Por isso o IDESA está pesquisando formas de reestrutura o artesanato local, a começar pela revitalização da matéria-prima entendendo a forma correta de cultivar esta palmeira e fazer com que a colheita da palha seja feita em seus próprios quintais.

 

*Ariri, Syagrus vagans (Bondar) Hawk., Arecaceae (Palmae)

Sin. ou equiv. Licurioba-do-sertão, coco-da-serra, coco-reumão, acuan-rasteiro, acuman (Esp), grugru, totai (Bol).

O fruto é um coquinho de apenas 4 a 6 g, produzidos em cachos com muitos frutos, com polpa mucilaginosa, adocicada, contendo amêndoa comestível, principalmente por animais silvestres e caseiros. A planta é uma palmeira de pequeno porte, quase rasteira, com estipe rente ao chão. As folhas com 1 m de comprimeto. As flores em espádice têm 1 m. Originada no Nordeste brasileiro, comum na Bahia. Outras espécies ocorrem nas Américas. As amêndoas são ricas em óleo comestível e proteínas. São usadas na alimentação animal. Pela sua goma na polpa, é pouco consumida pelo homem.

(Definição de Luiz Carlos Donadio - Dicionário das Frutas, p.39)

 

 

 

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